FedEx Corp. (NYSE:FDX)

O desempenho nos índices de liquidez revela uma tendência de crescimento ao longo do período analisado, indicando uma melhora progressiva na capacidade da empresa de honrar suas obrigações de curto prazo.

Índice de liquidez corrente

No início do período, esse índice situa-se em torno de 1,31, apresentando uma gradual elevação até um pico de 1,76 no final de 2020, seguido por uma leve redução nos períodos subsequentes, estabilizando-se aproximadamente em 1,19 a 1,37 nos últimos anos. Essa evolução sugere uma melhora na capacidade de pagamento de dívidas de curto prazo, embora com sinais de estabilização mais recente.

Índice de liquidez rápida

O índice também apresenta crescimento, passando de cerca de 1,18 em agosto de 2019 para números próximos de 1,25 em 2023. Notavelmente, há um aumento acentuado durante o período de março a maio de 2020, relacionado possivelmente a ajustes durante o início da pandemia, atingindo até 1,63 em novembro de 2020. Desde então, há uma leve tendência de queda, mantendo valores acima de 1,10, indicando uma relativamente boa liquidez de ativos mais líquidos.

Índice de liquidez de caixa

Este índice demonstra maior volatilidade ao longo do período, iniciado em 0,24 em agosto de 2019 e apresentando picos de até 0,69 em novembro de 2020. Após esse ponto, há uma tendência de estabilização próximo a 0,35 a 0,50, refletindo a variação na liquidez de caixa disponível em relação às obrigações de curto prazo. A alta na primeira metade de 2020 indica uma maior reserva de liquidez de caixa durante um período de incertezas, com posterior ajuste a níveis mais controlados e constantes.

De modo geral, os indicadores de liquidez apontam para um aprimoramento na capacidade da entidade de atender suas obrigações de curto prazo ao longo do período, embora com sinais de estabilização nos últimos anos. A melhora no índice de liquidez corrente é acompanhada de uma manutenção consistente das liquidez rápida e de caixa, sugerindo uma gestão bastante cautelosa e eficiente na manutenção de recursos líquidos e disponíveis.

O exame das demonstrações financeiras revela as seguintes tendências e padrões ao longo do período de análise. Primeiramente, observa-se que o ativo circulante apresenta uma variação considerável, com aumento de aproximadamente 25% entre o final de agosto de 2019 (US$ 13.017 milhões) e o final de agosto de 2024 (US$ 18.386 milhões). Notadamente, há picos nos ativos em certos períodos, como no final de maio de 2020 (US$ 16.383 milhões) e novembro de 2020 (US$ 21.265 milhões), indicando possivelmente uma acumulação de ativos em períodos específicos, possivelmente por estratégias de curto prazo ou ajustes operacionais. Após esses picos, há uma tendência de estabilização e pequena redução, embora os valores ainda permaneçam elevados em relação ao início do período. Paralelamente, o passivo circulante demonstra um aumento gradual ao longo do tempo, passando de US$ 9.935 milhões em agosto de 2019 para cerca de US$ 15.411 milhões em agosto de 2024, o que representa um crescimento de aproximadamente 55%. Essa expansão do passivo sugere aumento nas obrigações de curto prazo, possivelmente reflexo de maior alavancagem ou crescimento operacional. O índice de liquidez corrente, que mede a capacidade de a empresa honrar suas obrigações de curto prazo com seus ativos circulantes, apresenta uma tendência de declínio ao longo do período. Em agosto de 2019, situava-se em 1,31, atingindo o ponto mais baixo em agosto de 2024, com 1,19. Essa redução indica uma deterioração na liquidez relativa, embora os valores permaneçam acima de 1, o que sugere que a empresa ainda mantém ativos suficientes para cobrir suas dívidas de curto prazo, mas com uma margem de segurança reduzida ao longo do tempo. De modo geral, o comportamento dos ativos e passivos circulantes mostra um crescimento consistente, enquanto a liquidez corrente, embora em declínio, continua indicando uma posição de solvência compatível, porém mais apertada. Esses padrões refletem uma expansão operacional com aumento de obrigações de curto prazo, o que pode demandar atenção às estratégias de gerenciamento de caixa e liquidez futura para sustentar a estabilidade financeira da organização.

Dinâmica do total de ativos rápidos:

Observa-se uma tendência crescente no total de ativos rápidos ao longo do período analisado, passando de US$ 11.701 milhões em agosto de 2019 para um pico de US$ 17.394 milhões em agosto de 2021. Após esse ponto, há uma ligeira redução nos valores, chegando a US$ 15.548 milhões em novembro de 2021 e posteriormente estabilizando na faixa de aproximadamente US$ 15.300 a US$ 16.870 milhões até fevereiro de 2025. Essa evolução sugere uma expansão inicial na composição de ativos de alta liquidez, seguida por uma estabilização ou leve retração.

Variações no passivo circulante:

O passivo circulante apresentou aumento consistente ao longo do período, partindo de US$ 9.935 milhões em agosto de 2019 para um valor mais elevado de US$ 15.411 milhões em maio de 2025. Houve períodos de estabilidade e ligeiras oscilações, mas o incremento ao longo do tempo indica uma maior utilização de passivos de curto prazo, possivelmente para financiamento de atividades ou manutenção de liquidez operacional. Ressalta-se que, apesar do crescimento do passivo, o índice de liquidez rápida manteve-se relativamente estável.

Índice de liquidez rápida:

O índice de liquidez rápida manteve-se relativamente consistente ao longo do período, oscillando entre 1,09 e 1,63. Apesar de variações discretas, o valor médio permanece acima de 1, o que indica uma boa capacidade de cobertura dos passivos circulantes mediante ativos líquidos rápidos. Notavelmente, o índice atingiu o seu ponto máximo de 1,63 em novembro de 2020, após o qual houve uma leve tendência de diminuição, chegando a 1,09 em maio de 2025. Isso sugere uma leve deterioração na posição de liquidez de curto prazo ao longo do tempo, mas sem comprometer de forma significativa a solvência de curto prazo.

Ao analisar os dados financeiros, observa-se uma tendência de aumento constante nos ativos de caixa ao longo do período considerado, passando de aproximadamente US$ 2.389 milhões em agosto de 2019 para cerca de US$ 5.502 milhões em fevereiro de 2025. Esse crescimento indica uma expansão na liquidez da empresa, possivelmente refletindo estratégias de fortalecimento de caixa ou aumento na geração de recursos líquidos.

Por outro lado, o passivo circulante apresentou uma tendência de elevação geral, começando em aproximadamente US$ 9.935 milhões em agosto de 2019 e atingindo cerca de US$ 15.411 milhões em fevereiro de 2025. Apesar do incremento no passivo, a relação entre os ativos de caixa e o passivo, representada pelo índice de liquidez de caixa, demonstra variações relevantes ao longo do tempo, refletindo alterações na capacidade de cobertura de obrigações de curto prazo através de recursos líquidos disponíveis.

O índice de liquidez de caixa, que inicialmente se encontrava em 0,24 em agosto de 2019, apresenta uma tendência de crescimento até atingir aproximadamente 0,69 em novembro de 2020, demonstrando uma melhora significativa na capacidade de solvência de curto prazo durante esse período. Posteriormente, observa-se uma redução e estabilização do índice, voltando a níveis próximos de 0,36 em fevereiro de 2025.

De modo geral, o comportamento dos indicadores sugere uma estratégia de reforço na liquidez ao longo do tempo, apesar do aumento simultâneo do passivo circulante. A melhora temporária no índice de liquidez de caixa indica períodos de maior solidez financeira, embora essa vantagem se tenha diluído posteriormente à estabilização do índice. Esses movimentos evidenciam uma gestão focada na manutenção e incremento da liquidez, embora com desafios na manutenção de uma relação de curto prazo mais sólida frente ao crescimento do passivo circulante ao longo do período analisado.