Colgate-Palmolive Co. (NYSE:CL)

Ao analisar as tendências financeiras ao longo dos períodos, observa-se uma variação significativa no total do passivo, que apresentou altos e baixos, culminando em um aumento relevante ao final do período, atingindo aproximadamente US$ 16,2 bilhões em relação ao início, quando era aproximadamente US$ 13,0 bilhões. Destaca-se que, ao longo do tempo, a estrutura do passivo não circulante manteve-se relativamente elevada, representando uma parcela consistente dos passivos totais, enquanto o passivo circulante apresentou oscilações que indicam uma possível gestão na liquidez de curto prazo.

O componente de dívidas de longo prazo evidenciou um crescimento constante, partindo de uma faixa próxima a US$ 6,5 bilhões no início do período para aproximadamente US$ 8,9 bilhões no encerramento, sugerindo uma estratégia de alongamento de prazos ou captação de novas operações de financiamento a longo prazo.

Condizente com essa tendência de crescimento na dívida de longo prazo, o item de parcela atual da dívida mostrou-se extremamente baixo até o início de 2019, mas passou a contribuir significativamente a partir de meados de 2019, chegando a cerca de US$ 16 milhões, o que indica aumento no financiamento de passivos de longo prazo durante o período.

O patrimônio líquido apresentou comportamento de oscilações, inicialmente negativo, refletindo uma fase de valores mais baixos ou prejuízos acumulados, contudo, nos períodos posteriores, houve uma recuperação, chegando a valores positivos e crescendo para cerca de US$ 400 milhões em 2023. Especificamente, os lucros não distribuídos mostraram uma tendência de aumento contínuo ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 20,6 bilhões em março de 2018 para cerca de US$ 24,2 bilhões em março de 2023, indicando geração de resultados acumulados positivos e potencialmente uma política de retenção de lucros.

O patrimônio total, que soma os lucros acumulados, as ações em tesouraria e outras componentes do patrimônio, apresentou variações, refletindo os ajustes de mercado, recompras de ações e resultados operacionais. Ainda assim, ao final do período, o patrimônio líquido total permaneceu positivo, embora com sinais de instabilidade no início, chegando a níveis próximos de US$ 300 milhões em alguns momentos.

O patrimônio líquido consolidado, incluindo interesses não controladores, alternou entre períodos negativos e positivos, evidenciando uma estrutura de capital que passou por fases de ajustes e consolidou-se com valores positivos ao longo do tempo. Os interesses não controladores, por sua parte, mostraram-se relativamente estáveis, contribuindo de modo moderado para o total do patrimônio.

Em resumo, a análise revela uma trajetória de crescimento na dívida de longo prazo, uma recuperação nas posições patrimoniais, e uma gestão de passivos que busca equilibrar financiamento e liquidez. A continuidade da geração de lucros não distribuídos reforça a capacidade de manutenção de uma base patrimonial que, apesar das oscilações, mantém-se positiva ao final do período, indicando uma saúde financeira relativamente robusta frente aos seus passivos.