Schlumberger Ltd. (NYSE:SLB)

Overview Geral

Nos últimos trimestres analisados, observa-se uma tendência geral de melhora nos indicadores de endividamento e alavancagem financeira, seguida por uma estabilização nos níveis de cobertura de juros. Essas mudanças refletem possíveis estratégias de redução de dívidas e fortalecimento da estrutura financeira ao longo do período.

Índice de dívida sobre patrimônio líquido

Este índice apresentou um pico em junho de 2020, alcançando 1,44, indicando um aumento na proporção de dívida em relação ao patrimônio líquido durante o início da pandemia. Subsequentemente, houve uma redução contínua até atingir 0,59 em março de 2024, sinalizando uma diminuição significativa na alavancagem financeira e maior autonomia patrimonial ao longo do período.

Rácio dívida/capital total

O rácio apresentou comportamento semelhante, com aumento até 0,6 em setembro de 2020, seguido de uma tendência de queda contínua, chegando a aproximadamente 0,37-0,4 em 2023. Essa redução sugere menor dependência de capital de terceiros para financiar ativos, indicando avanços na estrutura de capital da empresa.

Relação dívida/ativos

O indicador manteve-se em torno de 0,39-0,4 até o final de 2020, mas mostrou uma tendência de queda a partir de 2021, chegando a cerca de 0,25-0,29 em 2023. Assim como os demais indicadores de endividamento, reflete a diminuição proporcional da dívida em relação aos ativos, fortalecendo a solidez financeira.

Índice de alavancagem financeira

Este índice, que mede a relação entre o lucro operacional e os encargos financeiros, inicialmente mostrou níveis elevados acima de 3, indicando maior dependência do endividamento. Ao longo do tempo, houve redução, aproximando-se de valores entre 2,31 a 2,51 em 2023, sugerindo uma melhoria na capacidade da empresa de cobrir suas obrigações financeiras com resultados operacionais.

Índice de cobertura de juros

Este indicador apresentou valores negativos em alguns trimestres iniciais, indicando dificuldades na cobertura dos encargos de juros nesses períodos. Contudo, a partir do quarto trimestre de 2020, houve uma forte recuperação, com valores positivos crescentes até cerca de 12, de modo a indicar uma capacidade confortável de pagamento de juros. Essa estabilidade foi mantida até o presente, refletindo uma melhoria consistente na liquidez operacional para cobrir despesas com juros, apesar de pequenas alterações pontuais nos últimos períodos.

De modo geral, os dados mostram uma trajetória de fortalecimento da estrutura financeira ao longo do período analisado, com redução no nível de endividamento relativo e melhoria na capacidade de cobertura de juros, indicando uma gestão mais conservadora e robusta da alavancagem financeira.

O análise dos dados financeiros trimestrais revela uma tendência de redução no endividamento total ao longo do período considerado, com uma diminuição contínua de aproximadamente 16,642 milhões de dólares em março de 2020 para 13,698 milhões de dólares em setembro de 2023. Apesar de oscilações pontuais, especialmente entre junho de 2020 e dezembro de 2022, a trajetória geral indica um esforço de redução do seu passivo financeiro.

Simultaneamente, o patrimônio líquido da empresa apresentou crescimento constante, partindo de cerca de 15.561 milhões de dólares em março de 2020 para aproximadamente 20.302 milhões de dólares em junho de 2023. Esse aumento reflete uma melhora na base de capital da empresa, possivelmente resultado de lucros acumulados ou captação de recursos por meio de outras fontes de financiamento.

O índice de dívida sobre patrimônio líquido, que mede a proporção de endividamento em relação ao patrimônio, mostrou uma redução significativa ao longo do período. Em março de 2020, esse índice estava em 1.07, indicando uma dívida ligeiramente maior que o patrimônio. Com a diminuição gradual desse rácio até níveis próximos de 0.67 em setembro de 2023, evidencia uma melhora na estrutura de capital da empresa, reforçando sua autonomia financeira e menor dependência de endividamento externo.

De modo geral, os indicadores demonstram uma estratégia de reforço do patrimônio líquido e redução do endividamento, refletindo uma posição financeira mais sólida e equilibrada até o momento mais recente do período analisado.

Endividamento total

Ao longo do período analisado, o endividamento total apresentou variações relativamente moderadas, iniciando em aproximadamente US$16,6 bilhões em março de 2020. Após um leve aumento até o pico de cerca de US$17,8 bilhões no final de 2020, ocorreu uma tendência de redução progressiva, chegando a aproximadamente US$13,9 bilhões em dezembro de 2021. A partir desse ponto, os valores mostraram estabilidade, com leves oscilações, permanecendo em torno de US$13 bilhões até o final de 2023, com ligeiro aumento para US$14 bilhões na metade de 2024. Em geral, a trajetória indica uma tentativa de redução do endividamento ao longo do período, embora com variações pontuais.

Capital total

O capital total apresentou crescimento contínuo ao longo do período, começando em aproximadamente US$32,2 bilhões em março de 2020 e atingindo cerca de US$35,4 bilhões em março de 2024, atingindo um pico de US$34,4 bilhões em junho de 2024. Este aumento sugere um fortalecimento do patrimônio da empresa ao longo do tempo, aliado possivelmente a lucros acumulados e emissão de ações. A manutenção de valores elevados durante o período indica uma posição de capital robusta frente às variações no endividamento.

Rácio dívida/capital total

O rácio dívida/capital total demonstrou uma tendência de diminuição ao longo do período. Em março de 2020, o índice era de 0,52, atingindo o pico de 0,6 no terceiro trimestre de 2020. Em seguida, houve uma redução contínua, chegando a aproximadamente 0,37 em meados de 2022 e mantendo-se relativamente estável até 2024, com valores próximos a 0,4. Essa redução indica um controle mais eficiente da alavancagem financeira, refletindo uma maior proporção de capital próprio em relação ao endividamento total, o que fortalece a posição financeira da organização e reduz o risco financeiro ao longo do tempo.

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se que o endividamento total apresentou variações ao longo do período, inicialmente apresentando um aumento de aproximadamente 4% de março de 2020 até o final de 2020, passando de US$ 16.642 milhões para US$ 16.886 milhões, seguido por uma leve redução para US$ 14.195 milhões no quarto trimestre de 2021. No período subsequente, o endividamento oscilou, atingindo US$ 12.226 milhões em dezembro de 2022, e voltou a apresentar aumento até alcançar US$ 13.698 milhões em setembro de 2023, indicando uma certa estabilidade, embora com flutuações.

Os ativos totais apresentaram uma tendência de crescimento ao longo do período, partindo de US$ 48.594 milhões em março de 2020 e atingindo US$ 49.769 milhões em junho de 2024. Essa trajetória indica uma expansão do peso de ativos, possivelmente refletindo investimentos ou reestruturações patrimoniais. Cambios acessíveis também ocorreram de forma consistente, com picos nos finais de períodos, o que sugere uma gestão de ativos com foco na manutenção ou aumento do seu volume ao longo do tempo.

A relação dívida/ativos demonstrou uma tendência de redução ao longo do período analisado. Em março de 2020, a relação era de 0,34, atingindo o pico de 0,4 logo no segundo trimestre de 2020, e posteriormente apresentando uma trajetória de queda, chegando a 0,25 em alguns trimestres, como no primeiro semestre de 2023 e segundo semestre de 2024. Essa redução evidencia uma melhoria na estrutura de capital, indicando que a companhia tem conseguido reduzir sua alavancagem financeira relativa aos ativos totais, embora, em alguns períodos, haja oscilações pontuais.

De modo geral, os dados demonstram uma empresa com gerenciamento eficiente do seu endividamento e uma estratégia de crescimento nos ativos, evidenciada pela tendência de aumento dos ativos totais e a diminuição gradual da relação dívida/ativos. Tais movimentos podem indicar uma postura de fortalecimento patrimonial e redução do risco financeiro ao longo do período avaliado. A estabilidade das medidas, apesar de flutuações, sugere uma gestão financeira equilibrada frente às condições de mercado e ao planejamento estratégico adotado ao longo dos anos.

Ao analisar a evolução dos ativos totais ao longo do período, observa-se uma tendência de crescimento contínuo, iniciando em aproximadamente US$ 48,6 bilhões em março de 2020 e atingindo cerca de US$ 49,0 bilhões em junho de 2025. Apesar de oscilações menores, há uma estabilidade geral na expansão do valor total de ativos, refletindo possivelmente uma consistência na aquisição de bens ou manutenção do valor de ativos existentes.

O patrimônio líquido apresenta uma trajetória de incremento ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 15,6 bilhões em março de 2020 para cerca de US$ 20,3 bilhões em junho de 2025. Essa evolução indica uma melhora na solvência própria da entidade e possivelmente uma gestão eficaz dos lucros retidos e reservas, contribuindo para a valorização do patrimônio ao longo do tempo.

O índice de alavancagem financeira demonstra uma redução significativa inicialmente, de 3,12 em março de 2020 para 2,31 em setembro de 2024, com uma leve elevação para 2,51 em junho de 2025. Essa tendência de queda sugere que a empresa vem reduzindo sua dependência de dívidas em relação ao seu patrimônio, adotando uma postura mais conservadora ou melhorando sua estrutura de capital. A leve recomposição do índice em junho de 2025 pode refletir ajustes pontuais nas fontes de financiamento ou estratégias de capital.

Ao analisar as tendências do resultado antes de juros e impostos (EBIT), observa-se que no primeiro trimestre de 2020 houve um resultado negativo significativo, indicando prejuízo operacional de -$7.953 milhões. Nos trimestres seguintes, houve uma recuperação gradual, com o EBIT atingindo valores positivos a partir do quarto trimestre de 2020, chegando ao pico de aproximadamente $1.524 milhões no quarto trimestre de 2021. Após esse período, o EBIT apresentou oscilações relativamente leves, mantendo-se na faixa de aproximadamente $1.200 a $1.600 milhões até o segundo semestre de 2023, demonstrando uma tendência de estabilização na rentabilidade operacional ao longo do último período analisado. Em relação às despesas com juros, o montante permaneceu relativamente estável ao longo dos trimestres, variando entre aproximadamente $113 milhões e $147 milhões. Essa estabilidade indica uma gestão controlada da dívida financeira durante o período analisado. O índice de cobertura de juros, que demonstra a capacidade da empresa de pagar seus encargos financeiros com os lucros operacionais, apresentou uma evolução significativa ao longo do tempo. Inicialmente, durante os trimestres de 2020, o índice não era fornecido, provavelmente devido ao prejuízo operacional. A partir do quarto trimestre de 2020, o índice evoluiu de forma positiva, atingindo valores acima de 10, o que indica uma melhora considerável na capacidade de cobertura dos juros. Em valores mais recentes, como o primeiro semestre de 2024, o índice permanece elevado, em torno de 11 a 12, sugerindo uma sólida margem de segurança na cobertura dos encargos financeiros. Este aumento consistente no índice reflete uma melhora na eficiência operacional e na estabilidade financeira, apesar das oscilações de curto prazo no EBIT. De modo geral, a análise revela uma fase inicial de dificuldades econômicas em 2020, seguida por uma recuperação sustentada e estabilização dos resultados operacionais, acompanhada de uma gestão de dívidas relativamente estável e uma melhora na capacidade de cobertura dos encargos com juros ao longo do período analisado.