Schlumberger Ltd. (NYSE:SLB)

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período destacado, observa-se uma evolução positiva na margem operacional e na rentabilidade da empresa, embora com variações relevantes em alguns períodos. A proporção de receita proveniente de serviços mantém uma tendência de estabilidade, oscilando entre aproximadamente 62% a 72%, com um leve declínio ao longo do tempo. Em contrapartida, a fatia de vendas de produtos apresenta aumento, passando de cerca de 27% para aproximadamente 37%, indicando uma possível diversificação na origem da receita.

O custo dos serviços apresentou uma redução gradual em relação à receita, passando de aproximadamente 63,4% em março de 2020 para cerca de 49,5% em março de 2024. Essa redução contribui para uma melhora na margem bruta, que evolui de 11,15% em março de 2020 até cerca de 20,98% em março de 2022, embora haja uma ligeira reversão para aproximadamente 18,86% ao final de 2024. Os custos associados às vendas também apresentaram comportamento de estabilização, mantendo uma média próxima de 27% ao longo do período, o que sugere uma gestão eficaz nessa área.

Em termos de rentabilidade operacional, a margem operacional passou de prejuízo de aproximadamente 107,2% em março de 2020 para margem positiva de aproximadamente 16,89% em março de 2022. Apesar de alguns momentos de retração, a tendência geral é de recuperação e manutenção de margens operacionais, refletindo melhorias na eficiência operacional e controle de custos. Os resultados antes de impostos mostraram uma expansão significativa de prejuístos a lucros, atingindo patamares positivos a partir do segundo trimestre de 2020, com margens próximas a 15-16% ao final de 2022, indicando uma retomada satisfatória da lucratividade.

O resultado líquido acompanhou essa tendência positiva, apresentando evolução de prejuízos expressivos em março de 2020 para lucros relevantes na sequência. A margem líquida atingiu cerca de 13,67% em março de 2024, demonstrando um fortalecimento na rentabilidade final. Destaca-se também que a proporção de lucro atribuível à participação não controladora permaneceu relativamente pequena e estável em torno de -0,11%, enquanto o lucro líquido atribuível ao acionista controlador seguiu uma evolução semelhante à margem líquida, reforçando a recuperação da lucratividade ao longo do período.

Por fim, os indicadores relacionados a despesas financeiras mostram uma redução na despesa com juros ao longo do tempo, reforçando o controle sobre os encargos financeiros e contribuindo para a melhora nos resultados finais. No aspecto de despesas administrativas e de pesquisa e desenvolvimento, observa-se uma tendência de estabilização ou ligeira melhora, refletindo uma gestão de custos consistente apesar do crescimento da receita.

Em síntese, a análise revela uma trajetória de recuperação financeira, marcada por melhorias na margem operacional, controle de custos e forte recuperação da lucratividade nesta fase recente, com sinais de consolidação de ganhos e uma possível consolidação de um padrão de rentabilidade mais sustentável.