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Ao analisar os registros financeiros de forma trimestral, observa-se uma tendência de variações significativas nos principais indicadores ao longo do período considerado. Inicialmente, a receita líquida apresenta uma estabilidade relativa, embora com leves oscilações, mantendo-se próxima de valores na faixa de US$ 3.000 milhões, até uma redução acentuada no final do período, especialmente no último trimestre de 2023, quando atinge US$ 2.750 milhões.

O custo da receita acompanha o movimento da receita líquida, apresentando uma redução gradual ao longo do tempo, o que contribui para manter ou melhorar a margem bruta. O lucro bruto inicialmente é elevado, chegando a mais de US$ 2.000 milhões em determinados períodos, mas sofre uma diminuição expressiva ao final do período, chegando a valores de aproximadamente US$ 99 milhões no último trimestre de 2023, refletindo uma margem de lucro menos favorável.

Os custos relacionados à pesquisa e desenvolvimento permanecem relativamente estáveis, com pequenas variações negativas ao longo do tempo, indicando um percentual constante de investimento em inovação. Em contrapartida, as despesas com vendas, gerais e administrativas apresentam uma redução ao longo do período, reduzindo custos operacionais e contribuindo para uma melhora na eficiência operacional.

Apesar disso, custos de rescisão, redução de ativos e outros itens, embora apresentam alguma volatilidade, tendem a diminuir, indicando possível estabilização das despesas relacionadas à reorganização ou ajustes corporativos. Os custos de separação de empresas foram pontualmente registrados em alguns trimestres, apontando processos de desinvestimento ou reorganização de segmentos de negócio.

Os custos operacionais de forma geral estão em linha com as receitas, embora a redução progressiva deles contribua para o resultado operacional, que apresenta uma tendência de melhora até determinado ponto, passando de prejuízos para resultados positivos em diversos trimestres. Entretanto, há períodos mais recentes em que o resultado operacional apresenta quedas acentuadas, chegando a prejuízos de US$ 650 milhões no último trimestre considerado.

Os rendimentos de juros mantêm uma estabilidade relativa, embora com leves oscilações, sempre em torno de US$ 6 a US$ 15 milhões. Os encargos com juros, por sua vez, demonstram uma trajetória de redução no custo financeiro, indicando possível gerenciamento mais eficiente da dívida ou redução dos encargos financeiros ao longo do período.

Outro aspecto relevante é que as outras receitas e despesas líquidas apresentaram grande volatilidade em determinados trimestres, incluindo períodos de perdas significativas, o que impacta o resultado antes dos impostos. A partir do quarto trimestre de 2020, há uma tendência de melhora, com valores positivos ou menos negativos, embora em alguns momentos o resultado final ainda evidencie prejuízos.

O resultado antes dos impostos mostra oscilações marcantes, chegando a valores negativos expressivos em alguns períodos, inclusive com prejuízos de até US$ 730 milhões no último trimestre, refletindo dificuldades na geração de lucro antes dos efeitos fiscais. As despesas com impostos também variam consideravelmente, chegando a registros de benefício de imposto de renda em certos períodos e prejuízos fiscais em outros, ocasionando resultados líquidos altamente voláteis.

Finalmente, o lucro líquido demonstra grande instabilidade, alternando entre resultados positivos e prejuízos substanciais. No período mais recente, há registros de prejuízos expressivos, superiores a US$ 700 milhões, reforçando uma fase de dificuldades financeiras ou de ajustes estruturais consideráveis. Os dividendos acumulados aos acionistas preferenciais permanecem negligenciados na maior parte do período, sendo registrados apenas nos últimos trimestres, contribuindo para o impacto na linha do resultado líquido atribuível aos acionistas ordinários, que acompanha a volatilidade do lucro líquido geral.