Verizon Communications Inc. (NYSE:VZ)

Ao analisar a evolução do passivo ao longo dos períodos, observa-se uma tendência de aumento na composição do passivo de longo prazo, passando de aproximadamente 65,12% em março de 2020 para cerca de 56,87% em junho de 2025. Ao mesmo tempo, a proporção de dívidas de curto prazo apresenta variações significativas, chegando a atingir aproximadamente 6,13% em março de 2022, antes de recuar para níveis próximos de 5,76% em dezembro de 2024. Isso indica uma possível estratégia de alongamento da maturidade das dívidas, com maior ênfase na dívida de longo prazo.

O percentual de dívidas com vencimento em um ano apresenta flutuações consideráveis, com picos pontuais, como 6,13% em março de 2022, sugerindo períodos de maior necessidade de liquidez de curto prazo. Apesar dessas oscilações, a proporção geral permanece relativamente baixa quando comparada ao total do passivo, refletindo uma gestão de liquidez com foco na manutenção de uma estrutura de endividamento equilibrada.

Quanto aos componentes do passivo circulante, há um padrão de estabilidade moderada nos itens de contas a pagar, passivos acumulados e outros passivos circulantes, representando proporções próximas de 5% a 6,5%. Essas variáveis indicam uma gestão controlada das obrigações de curto prazo, que normalmente não representam uma preocupação de liquidez em escala significativa.

Em relação às obrigações de benefícios dos empregados e impostos diferidos, essas partes do passivo mantêm proporções relativamente constantes, próximas a 3% a 12% do passivo total, demonstrando estabilidade na provisão de benefícios a longo prazo e em obrigações fiscais diferidas.

O passivo de arrendamento operacional não circulante revela uma proporção constante, com ligeiras variações ao redor de 5% a 6%, o que sugere uma manutenção de contratos de arrendamento de longo prazo ao longo do período.

Os outros passivos apresentam uma leve variação, mas uma tendência de estabilização em torno de 4% a 5%, enquanto os passivos de longo prazo continuam dominando a estrutura do passivo, embora apresentem uma queda gradual de aproximadamente 65% em março de 2020 para cerca de 56,87% em junho de 2025. Essa mudança indica uma estratégia de alongamento ou refinanciamento de dívidas de longo prazo ao longo do tempo.

Por outro lado, o patrimônio líquido respondeu positivamente às mudanças na estrutura financeira, crescendo de aproximadamente 20,44% em março de 2020 para cerca de 27,23% em junho de 2025. Essa evolução reflete uma tendência de fortalecimento do patrimônio, possivelmente por meio de lucros não distribuídos, que aumentaram de 18,53% para cerca de 24,34% do passivo total ao longo do período analisado.

O valor de ações preferenciais permanece inexistente, enquanto as ações ordinárias representam uma parcela relativamente constante, em torno de 0,11% a 0,15% do total do passivo e patrimônio líquido, indicando uma participação acionária pequena e estável.

O adicional integralizado em capital também apresenta uma estabilização em torno de 3,5% a 4,5%, sugerindo pouca mudança no aporte de capital pelos acionistas ao longo do período.

Por fim, as ações em tesouraria evidenciam uma diminuição gradual de aproximadamente -2,28% para próximas de -0,86%, indicando uma redução na recompra de ações ou aumento de ações de posse da própria companhia. As receitas acumuladas de perdas e ganhos abrangentes mostra uma tendência de pequenos déficits acumulados, com valores negativos próximos de -0,3% a -0,5% do passivo total, refletindo variações nos itens de outros resultados abrangentes.

De modo geral, observa-se uma estrutura de passivo que evolui de modo a reforçar o patrimônio líquido, com maior ênfase no alongamento das dívidas de longo prazo e fortalecimento de reservas internas, o que sugere uma gestão voltada à estabilidade financeira e à redução de riscos de liquidez ao longo do período considerado.