Verizon Communications Inc. (NYSE:VZ)

A análise das principais relações de avaliação ao longo dos anos revela tendências relevantes no desempenho financeiro e na percepção de mercado da empresa.

A relação preço/lucro líquido (P/E) apresentou uma diminuição de 13,13 em 2020 para 7,91 em 2022, indicando uma possível redução na valorização relativa do lucro líquido ou uma melhora na rentabilidade operativa que não foi totalmente refletida na cotação de mercado. No entanto, houve um aumento significativo para 14,38 em 2023, seguido por uma queda para 9,75 em 2024, sugerindo uma variação na percepção do mercado ou mudanças nos lucros líquidos.

A relação preço/resultado operacional (P/OP) seguiu uma tendência semelhante, com uma redução de 8,12 em 2020 para 5,52 em 2022, refletindo uma maior eficiência operacional ou valorização de mercado além dos resultados operacionais. Essa relação teve um aumento em 2023 para 7,3, antes de retornar a uma faixa próxima de 6 em 2024, indicando flutuações na avaliação do resultado operacional.

A relação preço/receita (P/S) mostrou uma redução contínua de 1,82 em 2020 para 1,23 em 2022, evidenciando uma maior valorização do mercado em relação às receitas. Entre 2022 e 2024, essa relação permaneceu relativamente estável, em torno de 1,25 a 1,27, sugerindo que o mercado manteve uma avaliação consistente das receitas da empresa nesta fase.

A relação preço/valor contabilístico (P/BV) foi a que apresentou maior declínio, de 3,45 em 2020 para 1,84 em 2022, indicando uma valorização mais moderada do mercado em relação ao valor contábil dos ativos no período. A partir de então, a relação permaneceu próxima de 1,8, com uma leve redução para 1,72 em 2024, indicando uma avaliação de mercado que tem se aproximado mais do valor patrimonial.

No geral, todas as métricas mostram uma tendência de redução nas relações de avaliação até 2022, seguida de estabilidade ou variações moderadas nos anos seguintes, refletindo possivelmente ajustamentos de mercado e mudanças na percepção do valor da empresa. As flutuações mais expressivas na relação P/E sugerem períodos de maior volatilidade na valorização do lucro líquido, enquanto a estabilidade das relações baseadas em receita e valor patrimonial indica uma avaliação consistente dos ativos e receitas da companhia na fase mais recente do período analisado.

A análise dos dados indica uma tendência de valorização moderada das ações ao longo do período, embora com uma variação significativa na cotação de fim de ano. O preço das ações apresentou uma redução de aproximadamente 11% de 2020 para 2022, passando de US$ 56,50 para US$ 40,01, porém observou uma recuperação no ano de 2024, atingindo a marca de US$ 40,53. Essa variação sugere estabilidade relativa na valorização das ações, com uma leve recuperação ao final do período analisado.

O lucro por ação (EPS) evidenciou uma evolução positiva até 2021, quando atingiu US$ 5,26, representando um crescimento de cerca de 22% em relação a 2020. Entretanto, em 2022, houve uma ligeira redução para US$ 5,06, seguida de uma queda significativa em 2023 para US$ 2,76. No entanto, essa queda foi parcialmente compensada em 2024, quando o EPS subiu para US$ 4,16, embora ainda não tenha recuperado completamente os níveis de 2021.

O índice P/E apresentou uma variação mais acentuada ao longo do período, refletindo as mudanças entre o preço das ações e o lucro por ação. Após uma redução de aproximadamente 3,09 pontos de 2020 para 2022, o índice caiu de 13,13 para 7,91, indicando que o mercado estava atribuindo uma menor valorização relativa às ações, possivelmente refletindo uma maior percepção de risco ou diminuição nas expectativas de crescimento. Em 2023, contudo, houve um aumento expressivo para 14,38, sugerindo uma reavaliação positiva do mercado em relação às perspectivas da empresa, mesmo com o EPS menor. Em 2024, o índice retornou a valores mais moderados, em 9,75, indicando uma estabilização na avaliação do mercado em relação ao lucro.

Em síntese, apesar de oscilações no preço das ações e no índice P/E, a empresa demonstrou resiliência, especialmente na recuperação do EPS e na estabilização do valor de mercado ao final do período, refletindo uma possível recuperação de confiança do mercado e uma adaptação às condições econômicas durante esses anos.

Preço das ações

Observa-se uma tendência de queda no preço das ações ao longo do período considerado, iniciando em 56,5 dólares no final de 2020 e diminuindo para 39,72 dólares no final de 2023. Houve uma ligeira recuperação em 2024, com o preço fechando em 40,53 dólares. Essa variação sugere uma fase de desvalorização seguida de uma possível estabilização ou tentativa de recuperação no último ano avaliado.

Lucro operacional por ação

O lucro operacional por ação apresentou crescimento de 2020 a 2021, passando de 6,96 para 7,73 dólares, indicando uma melhora na rentabilidade operacional. Em 2022, houve uma certa estabilidade, porém uma ligeira redução para 7,25 dólares. Em 2023, o valor caiu para 5,44 dólares, refletindo uma possível queda na eficiência operacional ou impacto de fatores externos. Já em 2024, houve uma recuperação, com o lucro por ação atingindo 6,81 dólares, aproximando-se dos níveis de 2021.

P/OP (Rácio financeiro)

O índice P/OP demonstrou uma tendência de redução de 8,12 em 2020 para 5,52 em 2022, indicando uma valorização relativa das ações em relação ao lucro operacional ou uma melhora na avaliação do mercado. Contudo, em 2023, o índice subiu para 7,3, sugerindo uma possível deterioração na relação preço/lucro ou uma mudança nas expectativas do mercado. Em 2024, o índice recuou para 5,95, sinalizando uma possível estabilização da avaliação de mercado em relação ao lucro operacional.

De modo geral, os dados indicam uma volatilidade na avaliação de mercado e na rentabilidade operacional ao longo dos anos, com tendências de queda no preço das ações e variações nos indicadores de lucratividade. Essas mudanças podem refletir fatores internos de desempenho ou externos ao mercado. A recuperação no lucro operacional em 2024 e a estabilização em alguns indicadores sugerem uma possível retomada ou ajuste do mercado às condições atuais.

Preço das ações

Ao longo do período analisado, o preço das ações apresentou uma tendência de queda de 56,5 dólares em 2020 para 40,01 dólares em 2022, indicando uma valorização relativa até esse ponto. Nas temporadas seguintes, houve estabilização com pequenas variações, encerrando em 40,53 dólares em 2024, perto do valor de 2023. Essa estabilidade sugere que, após uma redução significativa, houve um período de consolidação no mercado acionário.

Vendas por ação

As vendas por ação mostraram um crescimento consistente, passando de 31 dólares em 2020 para 32,58 dólares em 2022. Nos anos seguintes, houve uma estabilização com pequenas oscilações, chegando a 32,02 dólares em 2024. Esse padrão indica uma tendência de crescimento moderado na geração de receita por ação ao longo do período, embora a taxa de crescimento tenha se desacelerado após 2022.

Índice P/S (Preço sobre vendas)

O rácio P/S sofreu uma queda acentuada de 1,82 em 2020 para 1,23 em 2022, refletindo uma diminuição na valorização relativa em relação às vendas. Após esse período de redução, o índice apresentou ligeiras recuperações, atingindo 1,27 em 2024. Essa evolução sugere uma melhora na percepção de valor do mercado em relação às vendas, embora ainda abaixo do nível de 2020, indicando possíveis ajustes na avaliação da empresa pelos investidores.

Entre os períodos analisados, observa-se uma queda consistente no preço das ações ao longo de 2021, 2022, 2023 e 2024, refletindo uma tendência de desvalorização no valor de mercado da empresa. Em 2020, o preço por ação estava em US$ 56,50, mas reduziu-se para cerca de US$ 39,72 no final de 2023, com uma ligeira recuperação para US$ 40,53 em 2024.

Por outro lado, o valor contábil por ação (BVPS) apresentou uma trajetória de crescimento contínuo ao longo do período. Em 2020, era de US$ 16,39, ascendendo para US$ 23,57 em 2024. Esse aumento constante indica que os ativos líquidos por ação da empresa têm se valorizado, refletindo uma possível melhora na sua base patrimonial ou retenção de lucros ao longo dos anos.

O rácio P/BV, que relaciona o preço de mercado ao valor contábil, apresentou uma tendência de declínio, partindo de 3,45 em 2020 e chegando a 1,72 em 2024. Essa redução sugere que, apesar do crescimento no valor contábil por ação, o preço de mercado vem se desvalorizando em relação ao seu valor contábil. Isso pode indicar uma maior aversão do mercado, uma percepção de menor crescimento ou rentabilidade futura, ou ainda, uma consolidação do valor intrínseco da empresa em relação ao seu valor de mercado.

Observações gerais:

A combinação de queda no preço das ações e aumento no valor contábil por ação aponta para uma potencial contradição entre os fundamentos patrimoniais e a valorização de mercado. A desaceleração do valor de mercado, medida pelo P/BV, reforça a necessidade de uma análise mais aprofundada sobre o desempenho operacional, perspectivas de crescimento e fatores externos que possam estar influenciando a avaliação do mercado financeiro.

Implicações estratégicas:

A valorização do valor contábil sugere solidez patrimonial, enquanto a redução no preço das ações e no P/BV pode refletir preocupações de investidores quanto ao potencial de crescimento ou rentabilidade futura. A gestão deve monitorar esses indicadores e avaliar estratégias que possam reverter essa tendência de desvalorização, se desejado.