Estrutura do balanço: activo
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2023-10-31), 10-K (Data do relatório: 2022-10-31), 10-K (Data do relatório: 2021-10-31), 10-K (Data do relatório: 2020-10-31), 10-K (Data do relatório: 2019-10-31), 10-K (Data do relatório: 2018-10-31).
Ao analisar os dados financeiros ao longo dos períodos observados, verifica-se uma estabilidade relativa na composição do ativo total da empresa, com algumas tendências notáveis em diferentes categorias de ativos.
O percentual de caixa e equivalentes de caixa apresentou uma leve elevação, passando de 7,24% em 2019 para 7,47% em 2023, indicando uma manutenção de liquidez relativamente constante. Ainda assim, sua participação permanece baixa em relação ao total do ativo, refletindo uma estratégia de gestão de liquidez que não prioriza excessivamente a manutenção de altos saldos em caixa.
As contas a receber líquidas apresentaram maior participação em 2021, com 6,9%, sendo uma tendência de aumento em relação aos períodos anteriores, embora haja uma redução para 6,09% em 2023. Essa flutuação sugere uma atividade consistente na concessão de créditos, com alguma variação na gestão de contas a receber.
Já os financiamentos a receber, líquidos de provisões, mantiveram-se relativamente estáveis, com uma ligeira alta de 6,12% em 2018 para 6,2% em 2023, passando por um pico de 7,02% em 2020. Esses ativos representam uma parcela importante, mas não dominante, do ativo total.
O inventário exibiu um crescimento significativo entre 2019 e 2022, de 4,61% para 9,03%, atingindo seu ápice em 2022. Em 2023, esse percentual diminuiu para 8,06%, indicando uma possível redução nos estoques ou uma melhora na gestão de inventários, após um período de aumento expressivo.
Outros ativos circulantes tiveram uma redução de 5,92% em 2018 para 4,78% em 2019, mas posteriormente apresentaram aumento para 6,23% em 2022, antes de recuarem para 5,33% em 2023. Essa variação reflete potencialmente mudanças na composição dos ativos de curto prazo da empresa.
O ativo circulante, que engloba parcelas como caixa, contas a receber, inventários e outros ativos circulantes, aumentou sua proporção de aproximadamente 31,12% em 2018 para um pico de 35,9% em 2022, antes de reduzir-se para 33,15% em 2023, mostrando um crescimento na sua importância relativa ao longo do tempo, eventualmente estabilizando.
O ativo não circulante apresentou uma diminuição de 11,06% em 2018 para 10,13% em 2022, com recuperação marginal para 10,48% em 2023. Essa categoria, composta por imobilizado líquido e outros ativos de longo prazo, mostra uma leve redução em sua participação, indicando possível foco na gestão de ativos de longo prazo.
O imobilizado líquido manteve-se relativamente constante em torno de 10% do ativo total, apesar de uma leve tendência de redução até 2021, seguida por ligeira recuperação. Essa estabilidade sugere uma postura conservadora na manutenção de bens de uso e produção.
Os financiamentos a receber líquidos apresentaram alguma oscilação, de 8,54% em 2018 para 8,80% em 2023, mantendo-se como uma parcela relevante do ativo. Os tributos diferidos ativos tiveram uma redução significativa de 4,33% em 2018 para 2,92% em 2019, mas voltaram a crescer lentamente, atingindo 3,96% em 2023, indicando uma melhora na recuperação de benefícios fiscais diferidos.
O valor de pensão pré-paga cresceu de 1,49% em 2018 para cerca de 2,3% em 2023, refletindo possíveis aumentos na provisão ou benefícios relacionados a planos de pensão.
Arrendamento operacional ROU ativos, que não estavam presentes até 2020, iniciaram sua participação em 1,72%, permanecendo próximas de 1,5% até 2023. Essa inclusão reflete a adoção de novas normas contábeis de arrendamento.
Outros ativos, que representam uma parcela pequena, permaneceram relativamente constantes, variando pouco ao longo do período. Os financiamentos de longo prazo a receber e outros ativos tiveram uma participação próxima de 20%, com variações menores ao longo do tempo, evidenciando uma estabilidade nesta categoria de ativos de longo prazo.
Investimentos em participações societárias mantiveram-se próximos de 4%, com ligeiras diminuições e recuperações, indicando uma gestão moderada em relação a participações acionárias.
A conta de boa vontade teve sua participação mais elevada em 2019 (35,34%) e apresentou uma leve redução ao longo do tempo, estabilizando em aproximadamente 31% em 2023. Essa tendência aponta para ajustes na avaliação de ativos intangíveis adquiridos e uma possível redução no valor registrado de goodwill devido a depreciação ou reavaliações.
Os ativos incorpóreos líquidos tiveram uma diminuição contínua de cerca de 1,42% em 2018 para 1,14% em 2023, indicando uma redução na proporção de ativos intangíveis líquidos, possivelmente por amortizações ou reclassificações.
Por fim, o ativo não circulante em sua totalidade apresentou uma redução de 70,77% em 2019 para aproximadamente 66,85% em 2023, refletindo uma menor concentração de ativos de longo prazo em relação ao total do ativo, o que pode sugerir uma maior ênfase em ativos de curto prazo ou uma redução de investimentos e ativos de longo prazo ao longo do período analisado.