Altria Group Inc. (NYSE:MO)

Ao analisar a evolução dos principais indicadores financeiros, observa-se que os empréstimos de curto prazo apresentam uma ausência de dados até o terceiro trimestre de 2020, após o qual houve uma redução significativa de 3.000 milhões de dólares, sinalizando uma possível liquidação ou renegociação de dívidas de curto prazo.

Quanto à parcela atual da dívida de longo prazo, há estabilidade na maior parte do período, com valores oscilando entre 1.000 milhões na maior parte de 2019 e início de 2020 para posteriormente apresentar aumento, chegando a picos de 2.634 milhões no último trimestre de 2021. Há também uma tendência de variação, evidenciando possível refinanciamento ou reestruturação. Valores exatos variam, refletindo ajustes ao longo do tempo.

As contas a pagar demonstram tendência de crescimento, especialmente a partir de 2021, passando de valores em torno de 271 a 490 milhões em 2020 para 582 milhões no primeiro trimestre de 2024, sugerindo maior endividamento ou aumento nas obrigações comerciais.

O gasto com marketing mostra crescimento contínuo ao longo de todo o período, passando de 490 milhões no primeiro trimestre de 2019 para aproximadamente 817 milhões no último trimestre de 2024, indicando expansão ou intensificação de estratégias promocionais.

Os encargos de liquidação permanecem bastante elevados, com flutuações ao longo do tempo, atingindo picos de cerca de 4.539 milhões no primeiro trimestre de 2021, refletindo custos significativos relacionados a obrigações financeiras, talvez decorrentes de operações anteriores, amortizações ou provisionamentos.

Os outros itens representam uma série de variações, sendo que diversos períodos apresentam valores superiores a 1.400 milhões, sugerindo complexidade na composição financeira, com impacto de ajustes e provisões. Em particular, observa-se aumento no volume de outros passivos, chegando a mais de 1.600 milhões em alguns trimestres recentes, o que reforça um cenário de maior passivo operacional ou contingente.

Na categoria de passivos acumulados, há uma tendência de alta em muitos períodos, com picos acima de 6.000 milhões, indicando aumento das obrigações de longo prazo e passivos contingentes, possivelmente relacionados a obrigações fiscais ou trabalhistas.

O ganho diferido com venda de direitos do Sistema IQOS foi registrado somente a partir de 2022, permanecendo constante em 2.700 milhões, o que representa uma receita diferida de relevante valor, cujo reconhecimento efetivo foi diferido até então.

Os dividendos a pagar mantêm-se relativamente constantes, com pequenas variações, variando aproximadamente entre 1.530 e 1.690 milhões, sinalizando política estável de distribuição de lucros ao longo do período.

Os passivos mantidos para venda aparecem pontualmente, indicando possíveis desinvestimentos ou transferências de ativos, com valores classificados em torno de 295 milhões em determinados trimestres de 2019.

O passivo circulante apresenta aumento ao longo do tempo, passando de aproximadamente 10.119 milhões em 2019 para mais de 11.319 milhões em 2024, evidenciando maior pressão de obrigações de curto prazo.

Em relação à dívida de longo prazo, destacam-se valors relativamente estáveis na maior parte do período, embora com tendência de redução, passando de cerca de 27.096 milhões em junho de 2019 para aproximadamente 23.970 milhões no segundo semestre de 2024, indicando provável gestão de dívida e redução do endividamento de longo prazo.

O imposto de renda diferido acompanha uma trajetória de queda, chegando a aproximadamente 3.208 milhões em 2024, refletindo possíveis mudanças na compensação de prejuízos fiscais ou alterações na legislação tributária.

Custos de pensão e cuidados de saúde pós-reforma exibem estabilidade ao longo do tempo, com valores variando de modo relativamente moderado, refletindo obrigações de longo prazo relacionadas a esses benefícios previdenciários e assistenciais.

O patrimônio líquido demonstra forte retração, de mais de 14.000 milhões em 2019 para um déficit de aproximadamente 3.468 milhões ao final de 2023, evidenciando deterioração da posição de capital próprio e aumento do endividamento ou prejuízos acumulados.

Os interesses não controladores mantêm valores baixos, variando entre 2 e 92 milhões, tornando-se na maior parte do tempo quase insignificantes em relação ao total do patrimônio líquido, o que indica participação minoritária de terceiros.

Por fim, o total do passivo e patrimônio líquido, que representa a soma de todas as obrigações e o patrimônio, apresenta uma tendência de crescimento até ultrapassar os 59.200 milhões no último trimestre de 2023, refletindo expansão ou reestruturação financeira.