Stryker Corp. (NYSE:SYK)

Ao analisar os dados financeiros apresentados ao longo dos anos, observa-se uma relativa estabilidade na composição do ativo total, com algumas variações nas proporções dos componentes específicos.

O percentual de caixa e equivalentes de caixa apresentou uma ligeira alta entre 2017 e 2019, atingindo 14,38%, seguido por uma redução significativa a partir de 2020, chegando a aproximadamente 8,5% em 2021. Essa tendência indica uma diminuição na liquidez imediata disponível, possivelmente refletindo uma gestão mais conservadora ou uma utilização dos recursos em outros ativos.

Os títulos e valores mobiliários demonstraram uma redução contínua ao longo do período, passando de 1,13% em 2017 para 0,22% em 2021, contribuindo para a diminuição do capital investido em instrumentos financeiros de curto prazo.

Contas a receber, menos provisões, mantiveram-se relativamente estáveis ao redor de 9%, com ligeiras oscilações, indicando estabilidade na política de crédito e cobrança da empresa.

Os inventários apresentaram uma gradual diminuição na sua proporção, de 11,11% em 2017 para 9,57% em 2021, sugerindo possíveis melhorias na gestão de estoque ou redução da necessidade de armazenagem excessiva.

As despesas pré-pagas e outros ativos circulantes tiveram um componente de variação, chegando a 1,91% em 2021, abaixo de picos anteriores, refletindo uma possível racionalização de custos pré-pagos.

O ativo circulante como um todo reduziu sua participação de aproximadamente 36% no início do período para cerca de 29% em 2021, sinalizando uma possível alteração na composição de ativos de curto prazo ou uma redução global na liquidez circulante.

O imobilizado líquido manteve uma proporção relativamente constante ao redor de 8%, indicando estabilidade na infraestrutura física da empresa.

O destaque na composição do ativo é para a boa vontade, que representava cerca de 30% em 2019 e aumentou para aproximadamente 37% em 2020 e 2021. Essa expansão sugere aquisições ou investimentos que aumentaram o valor referente a ativos intangíveis de valor não tangível, como marca, carteira de clientes ou outros ativos intangíveis de alto valor.

Outros ativos intangíveis líquidos tiveram uma redução de sua participação, de aproximadamente 15,66% em 2017 para cerca de 13,98% em 2021, indicando uma possível amortização ou mudança na composição de ativos intangíveis.

O ativo não circulante, que engloba imobilizado, boa vontade e outros ativos não circulantes, passou de aproximadamente 64% em 2017 para cerca de 71% em 2020 e 2021, sinalizando uma maior concentração de recursos em ativos de longo prazo.

O ativo de imposto de renda diferido apresentou picos de participação (6,16% em 2018), porém voltou a níveis menores em 2021, indicando mudanças na posição fiscal ou no reconhecimento de benefícios fiscais diferidos, além de variações na provisão de impostos diferidos.

Outros ativos não correntes tiveram aumentos após 2018, atingindo aproximadamente 6,53% em 2021, refletindo possivelmente o incremento em investimentos de longo prazo ou outros ativos não circulantes.

De modo geral, os dados refletem uma mudança na estrutura do ativo, com redução de ativos líquidos e aumento na participação de ativos intangíveis e não circulantes, o que pode indicar uma estratégia de fortalecimento do valor intangível e da posição de longo prazo. Essas tendências requerem monitoramento contínuo para entender o impacto na liquidez e na capacidade operacional da empresa.